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terça-feira, 25 de março de 2008

Violência

Cada dia, ao andar pela cidade, muita gente sente medo, uma ansiedade. Não tiramos o celular, o iPod, nem as câmeras dos bolsos, ou mochilas. Pensar em exibi-los em locais desertos ou até muito cheios, pode ser perigo: não se sabe onde vai estar um assaltante, ou uma quadrilha. Esse é o assunto dessa postagem: a violência. Violência urbana, violência doméstica, qualquer uma desta é crime, e cada vez se torna mais comum, seja anunciada na mídia, ou até mesmo realmente, para algumas pessoas. Os números assustam: em 20 anos o número de assassinatos cresceu 237%, no Brasil. Mas não há violência apenas aqui, os números de violência cresceram em todo mundo, principalmente de assassinatos e roubos. Para se chegar a um assassinato, temos que passar por todo um processo: a criação do assassino. Não a criação de como ele cresceu, quando nasceu e blábláblá... Isso também, mas em casos especiais, como os psicopatas, por exemplo. Mas segundo índices de uma pesquisa recente, a sociedade “cria” o assassino. Tá entendendo? Muitas vezes, não poder estudar, não poder compartilhar de algo, não poder se integrar adequadamente a sociedade são uns dos principais fatores negativos. Maior integração com a sociedade, e o conhecimento pode afastar jovem e crianças do mundo do crime e futuramente fazê-las ter mais oportunidades e a não recorrer a crimes.









A violência urbana, atualmente, tem integrada a si crianças, adolescentes, adultos e idosos. O principal foco desta é os conflitos entre bandidos e policiais, envolvendo o tráfico de drogas. Concentrado não só em favelas, mas em áreas de classe média alta, o tráfico entra constantemente em choque com a polícia, não só levando o terror à muitas cidades como matando milhares de inocentes. Em favelas, conflitos duram horas e horas, e no seu fim, mais e mais pessoas mortas. Tráfico de drogas se tornou o maior problema da segurança pública a partir dos anos 70, e hoje, décadas depois ainda é um dos principais motivo da deficiência na segurança brasileira e também, devido a países estrangeiros terem o mesmo problema, internacional. Não é só em favelas que há conflitos, droga, vítimas: também há na Zona Sul, em outros países latino-americanos e em outros continentes, ok?

Cada vez mais o conflito entre policiais e bandidos deixa mais vítimas, indignando a sociedade. Um retrato disto é a trágica história da estudante Gabriela Prado, que morreu aos 14 anos: “No dia 25 de março de 2003, a estudante ia pela primeira vez pegar o metrô sozinha, na estação São Francisco Xavier, na Tijuca, Zona Norte do Rio, para saltar uma estação depois, na Saens Peña, quando ficou no meio do fogo cruzado entre um policial e bandidos que assaltavam uma bilheteria. Atingida no lado direito do peito, Gabriela não resistiu e morreu.” – site conta a história de Gabriela Prado. Outro retrato das conseqüências da violência foi a morte do menino João Hélio Fernandes Vietes que morreu, após der arrastado por mais de sete quilômetros, preso ao cinto do carro onde estava, no bairro Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio. O crime ocorreu, depois que o carro onde estava João Hélio, a mãe e a irmã, foi assaltado por bandidos armados, em um sinal. A mãe e a irmão do menino conseguiram sair do carro, mas João Hélio ficou preso ao cinto do carro.

Não é só a violência urbana que cresceu. A violência contra a criança, também é tema muito discutido na atualidade. Bater, explorar sexualmente ou obrigá-la a trabalhar é crime. “A relação entre violência contra criança e criminalidade não é direta. Existem linhas de pesquisas que apontam para um elevado índice de sentenciados que tiveram histórico de violência familiar moderada e severa, bem como pesquisas que apontam para uma associação entre comportamentos violentos e desafiador com a violência vivida dentro da família. Isto não quer dizer que todos que sofreram violência por parte daqueles que deveriam protegê-los se tornarão criminosos ou violentos.” - Por Reginaldo Torres Alves Júnior.

Também não poderíamos de falar da violência contra a mulher. Esta, também cresceu com relação aos últimos anos. “Segundo a OMS, quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido ou namorado, atual ou ex. A violência responde por aproximadamente 7% de todas as mortes de mulheres entre 15 a 44 anos no mundo todo. Em alguns países, até 69% das mulheres relatam terem sido agredidas fisicamente e até 47% declaram que sua primeira relação sexual foi forçada.” - OMS, Informe Mundial sobre Violência e Saúde.

Por fim a violência no trânsito, que embora tenha das maiores campanhas para redução de velocidade, foi registrado nesse ano que a maior infração cometida pelos motoristas é : “Velocidade superior até 20% da permitida – 72.048 infrações”. Um simples exemplo de que as coisas estão piorando é uma pequena estatística feita pela Polícia Rodoviária Federal, num trecho de rodovia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi registrado um aumento de quase 200% no número de acidentes nos trechos das BRs 040 e 267 que cortam JF, em comparação com 2007, quando foram registrados 15 acidentes, com 15 feridos e quatro mortos. Para 2008, o número pulou para 43 acidentes, com 44 feridos e cinco mortes. Programas de conscientização do motorista estão cada vez mais repassados, será que essas pessoas com carteira de motorista nunca virão um? Ou não deram atenção ao que viram? Preferimos acreditar na primeira hipótese.


A violência está por toda parte. Sair do Brasil, para o Japão ou do Japão para o Brasil de nada adiantaria. Que os bairros e ruas do exterior têm mais segurança que os nosso, até pode ser. Mas não se pode fugir de um problema desses. Talvez simples regras de trânsito possam poupar a vida de muitos. Às vezes não é tão difícil respeitar um sinal quando se está uns minutos atrasado, ou reduzir a velocidade como pedem algumas placas espalhadas pela cidade. A agressão contra mulheres dá cadeia. É aumentar drasticamente a proporção dos fatos começando com um problema no relacionamento e terminando numa agressão ou um assassinato. Ajudar jovens e adultos a não entrar e muitas vezes sair deste caminho, poderia ser uma colaboração, quantas instituições de apoio à essas pessoas você já ajudou? Quantas vezes antes de dormir, já pararam e pensaram em quantos estão nas ruas, naquela hora, sem ter o que comer ou onde dormir, ou simplesmente tentando achar um modo de conseguir o que querem, através da violência? Quantas vezes você já ficou com medo de um menino de rua, quando ele passou perto de você, e sequer te olhou para você pensar que ele pudesse estar de olho no teu celular, ou no relógio? Torcer o nariz para questões sociais não adianta nada. Violência também é se negar a ajudar o outro. Violência gera violência. Achar uma saída de emergência, pode até ser um tanto impossível, mas tentar mudar, um pouco que seja essa situação é possível.

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